Defender o Douro

HISTÓRIA

Pequena resenha da construção e exploração das Barragens

As barragens de Picote, Miranda do Douro e Bemposta 

A construção das barragens de Picote, Miranda do Douro e Bemposta não implicou a submersão de nenhuma aldeia, logo não envolveu a sua relocalização e também não teve impactos directos sobre as comunidades. Com a edificação das barragens, os impactos foram essencialmente ao nível do património natural. No caso do Douro ainda existe um outro simbolismo de extrema importância. A edificação destas três barragens significava a conciliação do Movimento Moderno da Arquitectura com os aproveitamentos hidráulicos. Isto supunha que o processo de industrialização estabelecesse um diálogo entre os elementos arquitectónicos e a paisagem.

Estas barreiras de betão foram construídas na «época de ouro» das barragens. Estávamos em 1950. Primeiro Picote, depois Miranda do Douro e, por fim, Bemposta, já nos anos 60.

A construção de barragens significa a alteração da paisagem, ou seja, os paredões moldam e contribuem para um processo de modificação do horizonte. No entanto, esta conciliação entre Arquitectura e Engenharia, fez com que houvesse um esforço de fazer as barragens «como parte integrante» da paisagem. Isto implica que, nestes três casos, as barragens eram elementos de representação do Poder mas, também, elementos de produção da paisagem, ou seja, as barragens como uma componente que vai reconstruir a paisagem.

As barragens de Miranda do Douro, Bemposta e Picote simbolizam uma etapa da história da Arquitectura Moderna que se mantém desconhecida, tendo havido, por parte da equipa de arquitectos, uma preocupação de plena integração e inserção na paisagem, no contexto, isto é, uma perfeita relação entre a função e a forma. A construção destas barragens permitiu que nascesse um conjunto de equipamentos de invulgar valor, produto de uma admirável modernidade e de um excepcional cuidado, tanto no traço como na articulação com a paisagem natural, tendo-se conciliado as preocupações estéticas e a necessária funcionalidade.

Picote, Miranda do Douro e Bemposta são um exemplo paradigmático, por todo o contexto envolvente. Como apoio a essa construção, foi edificado um conjunto de equipamentos colectivos, O Moderno Escondido (Cannatà, 1997). Estas edificações foram feitas como uma estrutura de serviços auto-suficientes, uma cidade ideal, a cidade dos tempos modernos. ...

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in https://mirandadodouro.com.pt , site elaborado por Raúl Silva 


Barragem de Picote

Apresentação  

O Aproveitamento Hidroeléctrico de Picote é o primeiro dos três escalões (sendo os restantes Miranda e Bemposta) a entrar em funcionamento (1958), cujo Edifício de Comando e Descarga, implantado à cota do coroamento da barragem de dupla curvatura, supera a ideia convencional de edifício técnico, quer pelo tratamento texturado e colorido da superfície das fachadas, quer pela modulação dos volumes que enfatizam a articulação das suas funções internas.

À variedade plástica deste conjunto, que indicia o legado moderno da experiência brasileira, acrescenta-se o rigor geométrico da estalagem para pessoal dirigente, articulada por dois corpos encastrados, cuja depuração formal prolonga a imagem da notável capela, concebida como uma "caixa" em tijolo dentro de um recetáculo porticado. Este avança sobre o espaço exterior e enquadra entre o ritmo dos pilares a grandiosidade de uma paisagem agreste, redefinida e domesticada para a construção de um sistema autossuficiente, urbanamente capaz de comportar o quotidiano de uma população de 4.000 pessoas.

A beleza e imponência deste conjunto extravasa a barragem (infraestrutura), tendo sido projetada e construída a aldeia de Barrocal do Douro, a partir do nada, "uma cidade ideal" onde não faltaram um cineteatro com salão de festas, piscinas e centro comercial. ...

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Características

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Barragem de Miranda do Douro

Apresentação

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Barragem de Bemposta

Apresentação

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in https://mirandadodouro.com.pt in site elaborado por Raúl Silva

Características

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O APROVEITAMENTO HIDROELÉTRICO DO BAIXO SABOR (AHBS), construído pela EDP no rio Sabor, inclui duas grandes barragens, que distam cerca de 12 e 3 km da foz daquele rio e cuja construção terminou em 2014.

A barragem do Baixo Sabor, situada a montante, é do tipo abóbada, com altura máxima de 123 m, desenvolvimento no coroamento de 505 m e volume teórico de betão de 670 000 m3. Na sua zona central insere-se o descarregador de cheias de superfície, que compreende quatro portadas iguais com 16 m de vão, controladas por comportas segmento, tem a capacidade de vazão de 5000 m³/s e descarrega na bacia de dissipação no leito do rio contígua ao pé de jusante da barragem. A albufeira tem uma capacidade de 1095 hm3.

Autor: Domingos Silva Matos, Responsável da Área de Barragens da Direção de Engenharia de Barragens da EDP Produção 

Características

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A barragem do Feiticeiro é do tipo gravidade com a altura máxima de 45 m, eixo retilíneo com 315 m de comprimento e um volume de betão de 170 000 m3. Constitui o contraembalse da barragem do Baixo Sabor, permitindo regularizar caudais e garantir condições de bombagem a partir do rio Douro. Na zona central do coroamento insere-se o descarregador de cheias de superfície, dotado de comportas idênticas às da barragem do Baixo Sabor.

As barragens foram projetadas pela Engenharia da EDP Produção, que promoveu e supervisionou a sua construção, que esteve a cargo do Consórcio Baixo Sabor ACE, enquanto que a fiscalização foi da responsabilidade da Consulgal.

Autor: Domingos Silva MatosResponsável da Área de Barragens da Direção de Engenharia de Barragens da EDP Produção

Características

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